Assim, o presente projeto será dividido em quatro etapas. Na primeira etapa, os estudantes serão estimulados a conversar com os produtores e aprenderem sobre as práticas agrícolas desenvolvidas por eles. Essa primeira etapa é essencial para que o estudante entenda que a extensão não é um projeto na qual os pesquisadores envolvidos impõem o saber adquirido na universidade à sociedade. É preciso aprender a ouvir a problemática da sociedade antes de chegar ou impor soluções. Passado esse primeiro momento, os agricultores serão convidados a aprender sobre os benefícios do uso de MEs na agricultura. Nesse momento serão difundidos conhecimento teóricos e práticos sobre a presença de microrganismos na natureza, permitindo assim a difusão de ensinamentos em microbiologia aprendido pelos estudantes. Pretende-se que nessa etapa também seja um momento de intensa troca de saberes.
Na terceira fase, será demonstrado de forma prática a captura e utilização de MEs na agricultura. Os produtores serão convidados a fazerem seu próprio MEs sobre a supervisão dos estudantes. Os resultados da aplicação de MEs serão avaliados quanto ao aumento do peso seco, peso molhado e circunferência e altura das plantas. Os agricultores que se sentirem satisfeitos com os resultados serão convidados a produzirem seu próprio inoculante sobre a supervisão dos instrutores do projeto. Por fim, os agricultores envolvidos serão convidados para uma roda de conversa, respeitando todas as medidas de distanciamento devido a pandemia de COVID-19, para debater as suas impressões sobre o uso de EMs em suas plantações. Dessa forma, espera-se que esse projeto proporcione a 3 redução dos custos de produção para os pequenos produtores, permita a difusão de conceitos e uso da microbiologia na sociedade, bem como, permita que os estudantes compreendam a importância do intercâmbio de experiências entre pesquisa, ensino e extensão.